A ancestralidade da cultura aborígene e a potência transcendental de seus instrumentos musicais ritualísticos são evidenciadas e valorizadas na contemporaneidade através do didgeridoo. O estilo rústico que constitui a arte étnica de forma singular junto ao som rítmico de drone ou zumbido que proporciona o torna uma peça versátil para meditação xamânica ou agregar beleza e personalidade na decoração de interiores.
Também chamado de didjeridu e yidaki, este instrumento de sopro aborígene feito de galho de árvore oco é o mais conhecido no mundo, caracterizado pela acústica simples e estrutura em madeira de eucalipto, bambu ou pau-ferro com forma de trombeta reta, caracol ou serpente, revestida de cera, resinada no bocal e personalizada com pintura artística colorida.
Didgeridoo é um dos instrumentos musicais aborígenes mais conhecidos no mundo.
A origem do didgeridoo mantém-se desconhecida embora conste na tradição oral do povo YoIngu que ele surgiu há 40 mil anos, sendo tão antigo quanto a própria cultura aborígine. Outro fato que inviabiliza uma definição exata é a pesquisa do historiador George Chaloupka, especialista em arte rupestre da Austrália, que alega haver registros da presença de representações do artefato nas pinturas rupestres do norte da Austrália que datam de 1500 a 600 anos.
A proveniência da palavra que nomeia o instrumento também é incerta, de modo que duas hipóteses foram levantadas: a primeira, com base no conhecimento comum, é que didgeridoo refira-se ao som emitido, sendo uma onomatopeia; enquanto a segunda, sustentada pela teoria popular, a palavra decorre do gaélico “trompetista negro”.
O instrumento de sopro advém dos povos aborígenes do norte da Austrália, há 1500 anos.
Primitivamente utilizado em cerimônias ritualísticas tradicionais dos aborígenes australianos, o didgeridoo foi integrado ao longo do tempo como instrumento musical de gêneros de música popular como o world music e instrumento de práticas meditativas, induzindo o estado de “transe” ao aquietar a mente e levar suas vibrações para o corpo encontrar o equilíbrio.
Há cinco principais tipos de sons com técnicas variadas transmitidos por um intérprete neste instrumento ancestral, cujas estruturas rítmicas e métricas são diversificadas pelo sopro, pela pressão do ar consequente a dos lábios, pela posição da língua ou pela respiração. São definidos em: drone, som cadenciado utilizado na meditação; toot, sons curtos ou intervalados; ressonância, vibração que pode ser potencializada com um objeto auxiliar na saída do som; harmônicos, que dão ênfases no ritmo e vocalizações.
O estilo rústico deste instrumento o torna uma arte única para decorações étnicas.
A estética rústica e única da estrutura em madeira é valorizada pelo estilo étnico da pintura artesanal que adorna seu exterior e agrega ao didgeridoo o caráter decorativo - concedendo interesse visual nos ambientes que são enriquecidos sem obviedade pela cultura material aborígene. As particularidades deste instrumento mágico demonstra suas inúmeras maneiras de surpreender, seja para harmonizar a decoração ou promover equilíbrio entre corpo, mente e espírito.
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Namastê!
Milene Sousa - Arte & Sintonia