Em cada ensinamento Buda o convida a experienciar a natureza búdica que há em tudo o que existe a partir do momento em que consegue enxergar os apegos e ilusões da materialidade sem identificação. São muitas as práticas que auxiliam a trajetória proposta por ele, que não consiste, necessariamente, em sentar e meditar, visto que tal qual o yoga, a meditação é um estilo de vida e pode tomar novos aspectos para fazê-lo alcançar o potencial do seu ser.
Sendo assim, nos apoderamos da decoração de interiores enquanto ferramenta de transformação e voltamos o nosso olhar para o conceito dos Quatro Estágios da Iluminação descritos no Sutta Pitaka, da coleção canônica de livros sagrados (Pali Canon); especialmente praticados no Budismo Theravada, uma das vertentes mais antigas e tradicionais.
Os Estágios da Iluminação são divididos em 4 pares que unem Caminho e Fruição através de experiências enriquecedoras de compreensão e abnegação para a cessação do sofrimento. As etapas são progressivas e chamadas de sotapanna, sakadagami, anagami e arhat - nível em que o Nirvana é alcançado.
O desafio é incluir esses saberes e práticas ascéticas no cotidiano, vivenciando etapa por etapa com o auxílio do ambiente Zen.
Sotapanna: Caminho e fruição da entrada do fluxo
A imagem de Buda Gordo cria um fluxo de energia positiva. Guie-se por ele!
O primeiro estágio, Sotapanna, que significa “quem entra no rio” em sânscrito, é formado pelo tanto pelo Caminho para Entrada do Fluxo quanto a Fruição da Entrada do Fluxo, ou seja, seu conhecimento e usufruto. Inicia esta trajetória aquele que abre os olhos para os ensinamentos de Buddha (Dharma), que abandona os apegos e tem a compreensão de que não há um eu individual.
Ao levar a imagem de Buda para os interiores da casa ou do ambiente de trabalho, intuitivamente, se tem consciência do caminho espiritual ou energia que anseia apreciar à partir de sua escolha. Nesse momento você cria um fluxo de energia que vai de encontro ao Caminho e Fluxo de Sotapanna. E se a alegria e a bem-aventurança são motivações impulsionadas por este estágio inicial, nada mais coerente que destacar o Buda Sorridente na decoração para lhe manter dedicado ao aprofundamento do Dharma.
Sakadagami: Caminho e fruição do regresso
Utilize artes zen para auxiliar a prática da meditação de concentração.
No segundo estágio de progresso gradual há a profunda compreensão do “não-eu” e a redução dos apegos e das aversões, bem como o sofrimento gerado por eles. Sakadagami é aquele que retorna uma vez ao domínio dos sentidos se libertando e atenuando alguns dos 10 Grilhões ou Obstáculos da Iluminação: ilusão de um “eu” individual (sakkaya-ditthi), dúvida cética (vicikiccha), apego a rituais (silabbata-paramasa), desejo sensual (kama-raga) e má vontade (vyapada).
O caminho consiste na prática do Nobre Caminho Óctuplo (que mencionamos aqui), e na meditação de concentração (samatha bhavana) para elucidar as resistências aos apegos e manter a mente transquila, em equilíbrio com corpo e espírito. Para o exercício meditativo utiliza-se um dos 40 Objetos de Meditação Budistas (kammatthana) como água e fogo. Neste contexto, fica fácil compreender a importância da fonte decorativa e da luz de vela no processo de autotransformação.
Se quiser tornar essa experiência ainda mais enriquecedora utilize os sons da Tigela Tibetana como instrumentos de concentração.
Anagami: Caminho e fruição do não-regresso
Ambientes de paz traduzem a essência serena de Anagami.
O terceiro estágio do caminho para o Nirvana e sua fruição é o Anagami que em sânscrito significa “aquele que não vem”. O não-retorno ou não-regresso representa o ser nobre (aryapudgala) que, motivado com amor, compaixão e a intenção de ser um Boddhichitta, transcende obstáculos evolutivos como ódio, ignorância, ganância e ciúme que surgem dos apegos e ilusões da matéria. Neste caminho, acessa-se o Nirvana após o renascimento em um dos planos ou mundos especiais (dhātus) da cosmologia budista.
E como não se trata de uma experiência conquistada na vida terrena, a essência pacífica de Anagami surge como inspiração para a decoração budista. Quando ambientes de paz são criados, partindo de elementos decorativos dotados de propósito - tais quais os cristais, as esculturas de Buda e as luminárias flores de lótus -, o Caminho para o Não-regresso surge como dirigente, ativando diariamente a benevolência para lhe levar além.
Arhat: Caminho e fruição do estágio de Arahat
A decoração budista é uma inspiração diária para quem busca a elevação espiritual.
Arhat ou Arahat é o estágio mais elevado do Nirvana, e simboliza a libertação do Samsara, ciclo incessante de renascimento e morte que causa sofrimento nos seres sencientes. O estágio de Arahat é acessado por aqueles que percorreram o Caminho do Meio vivenciado e ensinado por Buda e se despiram de toda divisão da essência e controle externo.
Assim como Anagami, a espiritualidade elevada de Arhat não é experienciada no "mundo humano", no entanto, apenas neste é que se pode despertar e realizar o voto de Bodhisattva, dedicando-se a autotransformação e a benfeitoria ao maior número de seres possível. Por isso, o Caminho para o Estágio de Arahat é um convite à apreciar a vida em verdade, sem vaidade e sem se preocupar com a ascensão material ou do nível espiritual. Arhat não se sujeita mais à ignorância, aos desejos e às aversões.
E, partindo do princípio de que brinquedos são importantes instrumentos de aprendizado para as crianças, a arte budista se mostra extremamente eficiente enquanto ferramenta de transformação. Neste âmbito, a decoração Zen assume o papel de guia, uma vez que dota os conceitos do Budismo de beleza e os converte em inspirações diárias para promover bem-estar e lhe manter sintonizado com a sabedoria da natureza divina.
Crie ambientes que confortam o seu ser com objetos decorativos de nossa loja online e internalize suas boas vibrações!
Namastê!
Milene Sousa - Arte & Sintonia
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