Artes decorativas com referências tribais são as que mais privilegiam matérias-primas naturais, elementos pouco manufaturados e resgatam em técnicas artesanais e estéticas rústicas a essência primitiva do grupo étnico cuja história, cultura e ancestralidade foi inspiração. São peças que agregam valor nos interiores promovendo impacto visual.
O colar étnico é o perfeito exemplo de arte para fugir do óbvio, não só pelo estilo sair do que, costumeiramente, compõe o padrão da nossa época e cultura, mas por subverter o uso habitual estendendo sua função decorativa ao ambiente. Esta é a grande sacada para inserir autenticidade na decoração: tirar algo de seu lugar ou uso comum para atribuir-lhe o caráter de obra de arte.
Acessórios femininos como os colares étnicos decoram com autenticidade.
Tribos africanas e tribos aborígenes como a Ifugao, nas Filipinas, elevaram estes acessórios femininos imprimindo simbologias e crenças espirituais, comunicando status sociais, expondo hábitos, rituais e celebrações ou simplesmente utilizando-os como vestimentas para adornar o corpo conforme suas tradições socioculturais.
Peças históricas como o colar étnico sipattal da tribo Kalinga, passado de geração a geração ou dado como dote no casamento estimando o valor da união, foram elaboradas conforme as contas de madrepérola eram herdadas. Formavam bijuterias muito estimadas por serem dotadas de grande valor social e exibirem a riqueza da construção familiar. Elas revelam que o conhecimento de suas histórias e referências são imprescindíveis para ressignificá-las na decoração.
A estrutura versátil possibilita a utilização com suporte ou suspensa como wall art.
Os colares decorativos são artes exóticas e patrimônios de grupos étnicos que levam a profundidade simbólica, histórica e ritualística para os interiores em inúmeras maneiras, da decoração de parede à composição com outros artesanatos, favorecidos por estruturas com pouco volume acompanhados de suportes removíveis em metal que lhes dão o devido destaque no ambiente.
Cada elemento que os constituem como folhas, penas, couro, dentes, ossos, flores, conchas, fibras naturais, sementes e miçangas enriquecem a estética e transferem suas energias e significados transformando-os em poderosos amuletos de proteção espiritual e purificação.
Elementos naturais salientam o estilo rústico e o caráter étnico do colar decorativo.
Colares étnicos normalmente apresentam estilo rústico obtido pela junção de elementos naturais com superfícies distintas que adicionam um dos principais componentes para lograr harmonia no design de interiores: a textura, tátil ou visual. Ela é responsável por despertar sensações, sobretudo quando os materiais contrastam, promover interesse visual e equilíbrio.
Móveis artesanais, artigos têxteis, esculturas em madeira, máscaras de parede e cestarias são facilmente coordenados aos colares decorativos tanto pela essência com conexão ancestral, quanto pela equivalência de materiais, cores e estilo. A combinação de artes como estas causa impacto no ambiente e aperfeiçoa as sensações estimuladas pela decoração.
Colares podem ser combinados com outras artes conforme estilo, material e cores.
Muitos artesãos de Bali aplicaram suas tradicionais técnicas de trançado aliadas a um senso estético refinado no desenvolvimento de acessórios étnicos para decoração. A combinação de elementos em repetição e a exploração máxima do que podem oferecer - como, por exemplo, as conchas com estruturas seccionadas que concedem novas formas - são seus grandes diferenciais e os tornam artes decorativas verdadeiramente autênticas.
Encontre em nossos colares decorativos os elementos que faltam para potencializar e equilibrar a decoração!
Namastê!
Milene Sousa - Arte & Sintonia