Decorar envolve criatividade, percepção do ambiente e experimentação de objetos, tirando-os de seus lugares e usos comuns para atribuir-lhes novas perspectivas. Mas como coordenar artes diferentes no mesmo espaço? E como saber se a combinação é harmônica?
Quanto mais nos aprofundamos em artes decorativas, mais entendemos que não se trata apenas de adquirir objetos e organizá-los em um espaço. Trata-se de peças que materializam aquilo que somos; que evidenciam crenças e culturas que fazem parte de nós; que falam a respeito de histórias e referenciam estéticas, bem como a nossa perspectiva de beleza (externa e em essência).
A composição de artes decorativas em um único móvel o torna a ênfase do ambiente.
Entretanto, sabemos que delinear alguns parâmetros, como os princípios básicos do design de interiores, pode ser facilitador no processo de combiná-las no ambiente. Principalmente quando há um propósito para a ambiência como, por exemplo, criar um espaço meditativo que inspire elegância e acolhimento.
Antes começar a arranjar as peças é essencial identificar elementos que criam unidade entre elas e os interiores da casa - seja o estilo, o design, a cartela de cores ou simplesmente o que representam para você.
É necessário também designar um ponto focal no espaço, que pode ser tanto um mobiliário distinto que ofereça notoriedade às peças quanto uma arte decorativa singular que se destaque e evidencie as outras.
A coordenação de artes distintas caracteriza um equilíbrio assimétrico na decoração.
Ao definir o local de ênfase, é preciso estabelecer um equilíbrio visual na disposição das artes decorativas; que pode ser simétrico, com objetos distribuídos uniformemente considerando formas e cores; assimétrico, com a coordenação despretensiosa de peças dissimilares; e radial, quando os elementos são alinhados em torno de uma arte central.
Em seguida, analisa-se a escala e a proporção dos objetos, sendo determinantes para lograr um aspecto harmônico, sobretudo se as artes decorativas estiverem apoiadas sob um móvel, pois precisam ter dimensões equivalentes.
Nesse processo, é interessante definir o ritmo da decoração, que evidencia a maneira como a enxergamos o conjunto. Ele pode ser determinado por repetição, através de elementos com o mesmo material ou cartela cor; por progressão, por meio de peças semelhantes mas com tamanhos, cores ou texturas diferentes, que vão gradativamente aumentando ou diminuindo; por transição, com a passagem sutil de um objeto a outro, sem causar impacto; ou por contraste, através de artes com características que se opõem.
A repetição de materiais é uma técnica que pode auxilar a mesclar artes decorativas.
Os detalhes são também de extrema importância para levar ao ambiente a essência que deseja. Inserir aromas com incensos, iluminar o ambiente com velas ou incluir as cores de pedras e cristais junto a objetos decorativos, por exemplo, deixarão a casa aconchegante e com mais personalidade.
Contudo, é preciso ter ciência de que não há regras na decoração e que estes princípios funcionam apenas como diretrizes para nos auxiliar a combinar artes decorativas e montar o espaço que sempre sonhamos.
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Namastê!
Milene Sousa - Arte & Sintonia