Com seu surgimento estimado há cerca de cinco mil anos atrás no subcontinente indiano, o Hinduísmo é a maior religião politeísta do mundo. Chamada por seus praticantes de Sanata Darma que, em sânscrito, significa "a eterna (perpétua) darma (lei)". O Hinduísmo prega a crença em uma "Alma Universal", tendo seu fundamento baseado nos Vedas, que são os livros sagrados escritos por Brahma, Deus Supremo da religião que tem seus atributos representados pela tríade dos três poderes: criação, conservação e destruição. Considerada uma das mitologias mais antigas do mundo, o Hinduísmo segue em atividade e tendo grande efeito sócio-cultural na Índia.
A Mitologia Hinduísta conta com símbolos tanto masculinos quanto femininos, que trazem a representação do supremo poder universal. Shakti é a fonte feminina de poder no universo, sendo assim, o maior retrato das deusas femininas do Hinduísmo. Chamada também de Adi Shakti ou Adi Parashakti ("energia suprema") recebe o epíteto de "A Grande Mãe Divina". Associada à criação e ao nascimento, essa deusa também carrega força ativa da transformação. Shakti é a energia cósmica mundial e, em suas mutifacetas (como Kali, por exemplo) nos faz honrar toda potência da energia feminina. Sendo assim, o Hinduísmo nos brinda com grande riqueza espiritual e cultural, tendo em sua mitologia lendárias figuras que exaltam a força e o poder femininos, através da transgressão, da superação, do afeto e principalmente, da fé.
Sita, Rama e a potência do amor genuíno
Apresentada na Mitologia Hindu como um dos avatares de Sri Lakshmi, Sita é a deusa que carrega consigo os poderes da prosperidade, da felicidade, da fortuna e do sucesso. Sita foi esposa de Rama e juntos eles protagonizaram uma das mais belas histórias de amor narradas no Ramayana. O romance que inspira coragem, é comemorado na Índia com o Diwali, o Festival das Luzes, onde celebra-se a vitória da luz contra as sombras e do conhecimento sobre a ignorância. Cultivar ambientes decorados com a presença de Sita e Rama, nos faz recordar da força genuína do amor e exaltar a união, através da manifestação da energia amorosa que juntos exalam.
Kali e o poder do tempo
Com seus quatro braços, ela evoca a Criação, a Preservação, a Destruição e a Salvação. Representada geralmente com uma expressão feroz e temerosa para muitos, Kali é conhecida também como a Mãe das Trevas. Surge geralmente nua, o que faz uma alusão à sua natureza transparente. Seu colar com cinquenta cabeças humanas referencia as cinquenta letras do alfabeto sânscrito, simbolizando assim, o conhecimento infinito.
Seus três olhos representam passado, presente e futuro, fazendo referência ao tempo. Esse que apresenta-se manifesto em seu nome, Kal em sânscrito, significa "tempo". Eis o grande ensinamento que essa entidade nos transmite. Valorizar a paciência, confiar no poder do tempo e na fluidez da ordem natural da perseverança. Assim como o tempo, Kali ao mesmo tempo que é compassiva, é também destruidora. Traz a sabedoria através dos ganhos, mas também através das perdas.
A arte e a sabedoria de Saraswati
Sempre ilustrada sentada sobre uma flor de lótus e tocando um sitar, clássico instrumento musical indiano, Saraswati é a deusa protetora dos músicos, escritores, artesãos e artistas em geral. Conhecida como a deusa da expressão, da estética, da sabedoria e das artes, seus símbolos mais presentes são o cisne e o lótus branco, que nos remetem à ideais de paz e pureza.
Também conhecida como Bharati (eloquência) e Shatarupa (existência), ela é dita a mãe dos Vedas. Saraswati surge no Rigveda como a criadora do sânscrito e em sua primeira aparição presenteia Ganesh com pincéis, afim de estimular seus dons artísticos e sua criatividade. Seu nome significa "elegante" e "fluente" e ela é tradicionalmente consagrada pelo povo Hindu no dia de Savitu-Vrta, comemorado 16 de maio de cada ano.
Lakshmi, a deusa da abundância e da fortuna
Ao final de nosso trajeto pelas intensas iconografias femininas presentes no Hinduísmo, temos Lakshmi. Conhecida como a deusa da prosperidade, da abundância e da fortuna. Sendo sempre representada sentada sobre uma flor de lótus, uma de suas mãos carrega um cântaro, de onde jorram moedas de ouro, representando a riqueza material. Invocada pelos Hindus que estão em busca da riqueza, seja ela material ou espiritual, Lakshmi pode ser cultuada nas luas cheias, através de flores, moedas, incensos e copos com água junto de sua figura.
Lakshmi deriva de Laksya que, em sânscrito, significa "meta". Essa deusa estimula que seus fiéis busquem pela riqueza, sabendo aproveitar e honrar os frutos de seus trabalhos. Também conhecida como a deusa do lar e presente na maioria das casas da Índia, Lakshmi embeleza decorações Zen com a sua beleza abundante.
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Namastê!
Vitória Michels - Arte & Sintonia